Brancos têm quase dois anos a mais de estudo do que pessoas pretas ou pardas, indica IBGE
Em 2024, a média de anos de estudo chegou a 11 entre brancos, enquanto pretos e pardos alcançaram 9,4 anos
Educação|Do R7

Em 2024, a média de anos de estudo no Brasil entre pessoas de 25 anos ou mais foi de 10,1 anos, acima dos 9,9 anos registrados em 2023. Enquanto a média chegou a 11 anos entre brancos, pretos e pardos alcançaram 9,4 anos — uma diferença de 1,6 ano.
Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (13).
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Segundo a pesquisa, em 2023, a desigualdade era ainda maior entre brancos e negros: dois anos.
O levantamento mostra que, quando o critério é sexo, as mulheres continuam com maior escolaridade média (10,3 anos) em comparação aos homens (9,9 anos).
Regionalmente, Sudeste (10,7 anos), Centro-Oeste (10,7 anos) e Sul (10,3 anos) mantiveram-se acima da média nacional. Em contrapartida, as regiões Norte (9,7 anos) e Nordeste (8,9 anos) ficaram abaixo do patamar médio.
O Nordeste foi a região com menor média, embora tenha registrado um ganho de 1,2 ano de 2016 para 2024.
Educação superior x analfabetismo
Ao todo, 20,5% da população de 25 anos ou mais tinham ensino superior completo em 2024. O patamar é o maior da série histórica iniciada em 2016.
Em oito anos, o índice cresceu 5,1 pontos percentuais. Em 2016, eram 15,4% com esse nível de instrução. Veja abaixo os percentuais de acordo com o ano:
- 2016: 15,4%
- 2019: 17,5%
- 2022: 19,2%
- 2023: 19,7%
- 2024: 20,5%
Ao todo, o país chegou a 5,3% de analfabetismo, o menor índice já registrado. Apesar disso, o país ainda tem 9,1 milhões de pessoas de 15 anos ou mais que não sabem ler ou escrever.
A pesquisa mostra ainda que, entre aqueles que não completaram a educação básica, 5,5% eram sem instrução, 26,2% tinham o ensino fundamental incompleto, 7,4%, o ensino fundamental completo e 4,9%, o ensino médio incompleto.
Segundo o IBGE, 57,8% das mulheres com 25 anos ou mais haviam completado, ao menos, a educação básica obrigatória, enquanto entre os homens esse percentual era de 54%. Ambos os grupos apresentaram crescimento em relação a 2023, indicando uma tendência positiva no o à escolarização.
Em relação à cor ou raça, 63,4% das pessoas brancas haviam concluído o ciclo básico educacional, contra 50% das pessoas pretas ou pardas. Essa diferença permanece praticamente inalterada desde 2023, refletindo as desigualdades no o à educação.
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