Uma a cada cinco pessoas no Brasil tem ensino superior completo, indica IBGE
Em 2024, 20,5% dos brasileiros tinham graduação completa; patamar é o maior da série histórica da Pnad Contínua iniciada em 2016
Educação|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

No Brasil, 20,5% da população de 25 anos ou mais tinham ensino superior completo em 2024. O patamar é o maior da série histórica iniciada em 2016, segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (13).
O indicador capta o nível educacional alcançado por cada pessoa, independentemente da duração dos cursos por ela frequentados.
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Em oito anos, o índice cresceu 5,1 pontos percentuais. Em 2016, eram 15,4% com esse nível de instrução. Veja abaixo os percentuais de acordo com o ano:
- 2016: 15,4%
- 2019: 17,5%
- 2022: 19,2%
- 2023: 19,7%
- 2024: 20,5%
Ao todo, o país chegou a 5,3% de analfabetismo, o menor índice já registrado. Apesar disso, o país ainda tem 9,1 milhões de pessoas de 15 anos ou mais que não sabem ler ou escrever.
A pesquisa mostra ainda que, entre aqueles que não completaram a educação básica, 5,5% eram sem instrução, 26,2% tinham o ensino fundamental incompleto, 7,4%, o ensino fundamental completo e 4,9%, o ensino médio incompleto.
Segundo o IBGE, 57,8% das mulheres com 25 anos ou mais haviam completado, ao menos, a educação básica obrigatória, enquanto entre os homens esse percentual era de 54%. Ambos os grupos apresentaram crescimento em relação a 2023, indicando uma tendência positiva no o à escolarização.
Em relação à cor ou raça, 63,4% das pessoas brancas haviam concluído o ciclo básico educacional, contra 50% das pessoas pretas ou pardas. Essa diferença permanece praticamente inalterada desde 2023, refletindo as desigualdades no o à educação.
Nordeste lidera analfabetismo
De acordo com a pesquisa, a maior parte dos analfabetos do país vive na região Nordeste — 5,1 milhões de pessoas (ou 55,6% do total). Na sequência, aparece a região Sudeste, com 2,1 milhões de pessoas.
O analfabetismo está diretamente associado à idade. Quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos.
Em 2024, por exemplo, havia 5,1 milhões de analfabetos com 60 anos ou mais, o que corresponde a uma taxa de analfabetismo de 14,9% para esse grupo etário.
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